O impossível acontece

É raro, mas o que julgamos impossível, acontece. Vide junho de 2013. Verde e amarelo em tons críticos ao futebol. No Brasil? Sim, senhor, no Brasil! Brasileiros tomando as ruas e não era comemoração de título. A paixão nacional do país do futebol foi rebaixada. Invertemos a pauta, o nacionalismo chegou depois ao mundo da bola. Vimos nossa seleção jogando sem o favoritismo dos campeões, mas com a garra dos esforçados.

Dê o primeiro chute a gol que imaginaria uma revolução popular em potencial e um título com tanta autoridade. Nem o mais otimista dos torcedores poderia sonhar com uma campanha de 5 vitórias em 5 jogos, com um indiscutível 3 a 0 frente ao revolucionário tic-tac espanhol na final. Nem o mais pessimista dos políticos poderia ter pesadelos com tamanha agitação social. A bola e a urna gostam de surpresas, brincando com especialistas e com futurólogos de plantão.

Passamos por bons testes em 2013, porém as verdadeiras disputas serão em 2014. A Copa das Confederações é uma preliminar, mero aquecimento que a Dona FIFA tenta promover antes do jogo de verdade, a Copa do Mundo. Demonstrar indignação é positivo, mas como atuaremos nas urnas? Não falo em hierarquia ideológica, em clivagens como nós ou eles, bons ou maus. Seja qual for a orientação política, fomentaremos as alianças absurdas como método de governabilidade? Manteremos os mesmos Deputados e Senadores? O jogo é jogado... Nos campos e nos debates políticos. A conferir!